O júri de Sean "Diddy" Combs retoma as deliberações enquanto o juiz responde à pergunta

Sem um veredito alcançado no julgamento federal de Sean "Diddy" Combs por tráfico sexual e extorsão no primeiro dia de deliberações , o júri de oito homens e quatro mulheres se reuniu novamente na terça-feira para continuar discutindo as acusações.

O juiz Arun Subramanian começou abordando, com a acusação e a defesa, uma questão levantada pelo júri na segunda-feira sobre um dos supostos atos de extorsão — posse com intenção de distribuir drogas — que se relaciona à acusação de conspiração para extorsão que Combs enfrenta. O júri enviou uma nota solicitando esclarecimentos sobre a parte das instruções que trata da distribuição de drogas.

Subramanian disse que lembraria os jurados das instruções que lhes dera sobre essa parte do caso antes do início das deliberações na segunda-feira. Os advogados de Combs pressionaram por uma resposta mais abrangente, mas os promotores argumentaram — e Subramanian concordou — que isso poderia acabar confundindo ainda mais os jurados.

A discussão entre Subramanian e a defesa de Combs ficou um pouco tensa enquanto eles discutiam sobre a resposta.

"Você pode fazer o que estou pedindo ou não?", perguntou o juiz.

"É claro que posso fazer o que Vossa Excelência está pedindo", respondeu um dos advogados de defesa.

Combs, 55, se declarou inocente das acusações federais de conspiração para extorsão, duas acusações de tráfico sexual e duas acusações de transporte para se envolver em prostituição por supostamente providenciar o transporte de profissionais do sexo através das fronteiras estaduais.

No primeiro dia de deliberações, houve várias notas do júri, além de Combs e seus apoiadores curvando suas cabeças em oração no tribunal. Uma das notas foi publicada logo após o início das deliberações e levantou preocupações de vários jurados sobre outro membro do painel. Eles disseram ao juiz que achavam que "ele não poderia seguir as instruções de Vossa Excelência".

Após uma discussão entre o juiz, os advogados de Combs e os promotores, o juiz lembrou aos jurados sua obrigação de seguir a lei e os enviou de volta para retomar suas deliberações, mas disse que se mais problemas surgissem, o juiz deveria enviar outra nota.

Para ajudá-los a chegar a um veredito, os jurados receberam um laptop com todas as provas apresentadas no tribunal, incluindo mensagens de texto, fotografias e vídeos dos encontros sexuais no centro do caso.

Cinco jurados suplentes também estão de prontidão, caso sejam necessários para substituir o júri principal.

O júri analisará sete semanas de depoimentos, às vezes gráficos e emocionais, sobre a propensão do empresário do rap, da moda e dos reality shows à violência e suas predileções sexuais, incluindo maratonas de sexo regadas a drogas, apelidadas de " freak-offs " ou " noites de hotel ". Os advogados de defesa argumentaram que não houve conspiração e que sua conduta não violou as leis federais.

Alice Gainer contribuiu para esta reportagem.